11 de dezembro de 2010

Apenas vá.

Se sua partida é mesmo inevitável, se sua vida é mesmo impenetrável, 
vá logo de uma vez. Não permita que eu me apegue e faça planos, 
não me deixe crer no que não há verdade. Vá antes de borrar minha maquiagem.
Não confunda meu discernimento e não destrua meu equilíbrio. 
Apenas vá. Não me deixe criar um relacionamento individual onde 
eu sou todos os personagens e nenhum enquanto você é a plateia, única, 
que faz questão de não aplaudir minhas fragilidades teatrais.
Se minhas palavras embaralhadas confundem sua mente, nem peço lucidez. 
Se sua partida é mesmo inevitável, se seu sonho é mesmo indispensável, 
se sua vida é mesmo impenetrável, ao menos arrisque me carregar junto de você. 
(Verônica H.)

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